Pirenópolis é considerada capital das jóias artesanais em Goiás

Talvez você conheça Pirenópolis apenas como uma cidade turística e histórica do estado de Goiás e nunca soube que ela é também considerada a “Capital da Prata”. Isso mesmo. Pirenópolis é a referência da jóia em prata produzida artesanalmente em todo o Brasil e até internacionalmente.

Hoje, a bela cidade colonial possui cerca de 100 ateliês, com mais de 300 artesãos produzindo essas obras de arte.
O trabalho é tão artesanal que grande parte da prata utilizada na produção de jóias vêm de objetos reciclados, como na oficina da Galleria Shop, dos empresários Edson Paranhos e Lucilene Siqueira. Placas de raios-x, componentes de aparelhos eletrônicos e outros utensílios em prata são apurados e vendidos para os ateliês que compram o material reciclado e fabricam a jóia.

Feira
A fabricação da joia passa por várias etapas. Primeiramente, a prata pura é pesada e sobre ela é colocada uma liga, para que o material ganhe maior resistência. A partir disso, a prata com a liga se fundem para formar fios e chapas de “Prata de Lei” . Com estes, o material é moldado conforme o design.

“O design da jóia é definido através de uma mistura da técnica artesanal com ideias de diversas culturas. São produzidos brincos, anéis, pulseiras, colares e outras peças”, explica Edson Paranhos, pioneiro da arte em Pirenópolis.

Existem ateliês que, ao fabricarem joias com pedras, participam de todo o processo de garimpo, lapidação, confecção e design. Atualmente a maioria dos ateliês em Pirenópolis compram a pedra bruta e mandam lapidar ou já compram a pedra lapidada.

Na maior feira de pedras preciosas e joias do mundo, na cidade de Tucson, no Arizona (USA), as joias em prata de Pirenópolis foram elogiadas, divulgadas e bem aceitas comercialmente, e chegaram ao patamar internacional.

Paranhos, que esteve nos eventos, avaliou as joias de prata de Pirenópolis de alto nível e lamenta por elas não serem divulgadas internacionalmente. Em outros grandes eventos do genero como em Nova York (USA), Bangkok (Thailandia), Rio de Janeiro (BR) dentre outros, a aceitação foi mantida.

Matéria editada na “Revista Planeta Água” em 29/02/2012

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